segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Precisando de amor...Por Luis Fernando Veríssimo

Quem não gosta de ser amado? Ser paparicado? Receber atenção especial, presentinhos e beijinhos doces? Quem não gosta de surpresinhas gostosas, beijo na boca e abraços apertados? Quem de livre e espontânea vontade prefere a solidão a uma boa companhia? Ora, todo mundo quer uma boa companhia e de preferência para todo o sempre. Mas conviver com essa boa companhia diariamente por 3, 5, 15, 25 anos é que é o difícil. No começo dos relacionamentos e até 1 ano de vida amorosa, tudo são mais ou menos flores (se o seu relacionamento tem menos de 1 ano e já é mais de brigas e discussões, caia fora dessa fria). Não adianta você dizer que depois de três meses apenas que "encontrou o amor de sua vida", porque o amor precisa de convivência para ser devidamente testado. Nesse mundo maluco e agitado, as pessoas estão se encontrando hoje, se amando amanhã e entrando em crise depois de amanhã. Uma coisa frenética e louca que tem feito muita gente, que se julgava equilibrada, perder os parafusos e fazer muita besteira. Paixão, loucura e obsessão, três dos mais perigosos ingredientes que estão crescendo nos relacionamentos de hoje em dia por causa da velocidade das informações e o medo de ficar sozinho. As pessoas não estão conseguindo conviver sozinhas com seus defeitos, vícios e qualidades, e partem desesperadamente para encontrar alguém, a tal alma gêmea, e se entregam muitas vezes aos primeiros pares de olhos que piscam para o seu lado. Vale tudo nessa guerra, chat, carta, e-mail, agência, festas e até roubar o parceiro de alguém. É uma guerra para não ficar sozinho. Medo? Com medo de se encarar no espelho e perceber as próprias deficiências?Com medo de encarar a vida e suas lutas? Então a pessoa consegue alguém (ou acha que está nascendo um grande amor), fecha os olhos para a realidade e começa a viver um sonho. Trancado em si mesmo, nos quartos e no seu egoísmo, a pessoa transfere toda a sua carência para o (a) parceiro (a), transfere a responsabilidade de ser feliz para uma pessoa. Que na verdade ela mal conhece. Então, um belo dia, vem o espanto, a realidade, o caso melado, o "falso amor" acaba, e você, que apostou todas suas fichas nesse romance, fica semchão, sem eira nem beira, e pior: muitas vezes fica sem vontade de viver.Pobre povo desse século da pressa!!Precisamos urgentemente voltar ao costume "antigo" de "ter tempo", de dar um tempo para o tempo nos mostrar quem são as pessoas. Namorar é conhecer, é reconhecer, é a época das pesquisas, do reconhecimento... Se as pessoas não se derem um tempo, não buscarem se conhecer mais, logo em breve teremos milhares de consultórios lotados de "depressivos" e cemitérios cada vez mais cheios de suicidas..."seres cansados de si mesmos...". Faça um bem para si mesmo e para os outros. Quando iniciar um relacionamento procure dar tempo para tudo: passeie muito de mão dadas, converse mais sobre gostos e preferências, conheça a família e mostre a sua, descubra os hábitos e costumes. Parece careta demais? Que nada, isso é a realidade que pode salvar o relacionamento e muitas vidas. Pense nisso e se gostar, passe essa mensagem para frente; quem sabe juntos, não ajudamos alguém carente de amor a encontrar um motivo para ser feliz? Muita pretensão?Não... apenas vontade de ser feliz!!!

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